A propaganda nossa de cada dia passa por um momento extremamente delicado. Se de um lado o avanço da web e das novas tecnologias influenciam as audiências da mídia tradicional, por outro, amparado pelo “politicamente correto”, a publicidade sofre grandes ataques. Em São Paulo, o extermínio da mídia exterior parece ter sepultado o outdoor, o frontlight, o busdoor, entre outras peças extremamente estratégicas para grandes e, principalmente, para médias e pequenas empresas. Na esteira desse ataque, veio a lei para a restrição das campanhas de bebidas que, se a princípio foi adiada, serviu para transmitir a idéia do "malefício" que a publicidade destes produtos causa à sociedade. Da mesma forma, os comerciais dirigidos ao público infantil também se veêm ameaçados e podem sofrer grandes alterações. E recentemente da Europa, surgem rumores para a restrição das campanhas de automóveis.
Mas afinal, a publicidade é o grande vilão dos dias atuais?
Na verdade, mais que um desafio, acredito que há um paradigma a ser enfrentado, nele se esconde a resposta para essa e outras perguntas. É o que chamo de Publicidade Viva.
A Publicidade Viva é aquela que tem a capacidade de funcionar como um organismo, ela nasce de uma boa estratégia de planejamento e cresce quando passa a interagir com o público que, mais que simples receptor de mensagens, lhe acrescenta vida própria. Com ela, a marca das empresas habita todos os lugares possíveis de uma forma dinâmica, não-linear, abrangente, significativa. A Publicidade Viva pode se multiplicar, procriando-se em diversos ambientes: em ações promocionais, marketing direto, degustação de produtos, feiras, postais, viral, camisetas, webmarketing, publicidade tradicional, em conversas de rua. Mais do que a pulverização de mídia, o que vale aqui é o conteúdo, o conceito das peças, pois, para ser de fato viva, o público precisa absorver as mensagens de forma imersiva, colocando-as naturalmente em seu dia-a-dia.
Entendida como um "ser vivo" que, para existir em determinado ecossistema precisa mostrar sua relevância, a publicidade e seu segmento profissional têm todas as chances de vencer as atuais e futuras batalhas. Ou seja, assim como ocorre na natureza, quem tiver capacidade de adaptação encontrará as condições para seu desenvolvimento, característica que, até agora, a publicidade demostrou ter de sobra.
E você? O que pensa sobre isso? Concorda? Não? Dê sua opinião e faça a diferença!!!